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Medicina veterinária: quando o amor por animais vira profissão

Em crescimento no Brasil, a área atrai jovens apaixonados, mas demanda responsabilidade Foto: Getty Images Amar animais costuma ser o primeiro impulso de quem ...

Medicina veterinária: quando o amor por animais vira profissão
Medicina veterinária: quando o amor por animais vira profissão (Foto: Reprodução)

Em crescimento no Brasil, a área atrai jovens apaixonados, mas demanda responsabilidade Foto: Getty Images Amar animais costuma ser o primeiro impulso de quem pensa em cursar Medicina Veterinária. Mas, segundo especialistas, transformar esse sentimento em profissão exige muito mais do que carinho. Por trás das cenas “fofas” que circulam nas redes, existe uma profissão complexa, técnica e emocionalmente desafiadora. Segundo Níbio Araújo, médico-veterinário responsável pelo setor de imagem do Complexo de Medicina Veterinária da Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz, é necessário que o jovem que tenha interesse na área entenda que ultrapassar a linha entre o amor e a carreira é um processo que exige mais do que apenas empatia. “Exige um grande preparo técnico, estudo contínuo, sabedoria emocional, responsabilidade e uma compreensão profunda do papel do médico-veterinário, que vai muito além do pet”, explica. O profissional afirma que o ponto de partida costuma ser uma afinidade natural com os animais, mas o que consolida a trajetória é a vontade genuína de cuidar e a resiliência perante os inúmeros desafios e decisões delicadas. As surpresas do início do curso Nos últimos anos, houve um crescimento na criação de novos cursos e, consequentemente, de novos alunos na formação. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o Brasil possui 536 cursos da área. Muitos alunos entram no curso por sentirem uma aproximação maior com animais e se surpreendem ao perceberem a complexidade da profissão. “Muitos não entendiam ou não haviam percebido a profundidade científica e técnica que existe por trás de um de um cãozinho tomando soro”, afirma Níbio. O profissional explica que, depois da pandemia, presenciou muitos jovens chegando ao curso com a ideia de que era mais fácil e sem entender a exigência necessária nos estudos. Ele reforça a necessidade do aluno pesquisar e conhecer a realidade da área antes de ingressar nela. Níbio Araújo, médico-veterinário responsável pelo setor de imagem do Complexo de Medicina Veterinária da Universidade de Fortaleza Foto: Arquivo Pessoal O peso da responsabilidade Para quem tem muita sensibilidade, o medo de sofrer é o que mais pode gerar dúvidas quanto à formação. Níbio acredita que um dos fatores principais para seguir nessa carreira é conseguir traçar um limite entre empatia e a responsabilidade com a vida do animal. “A emoção não deve ser anulada, mas direcionada”, afirma. Com o tempo e a experiência, tanto durante a faculdade como no âmbito profissional, o jovem constrói maturidade emocional, conseguindo cada vez mais lidar com situações mais difíceis do dia a dia. O veterinário destaca a importância de lembrar que o paciente merece ser respeitado, e que esse respeito vai mais além do que apenas sentir “pena”. “Entender que nem toda mordida é uma agressão e que nem todo desfecho é um fim”, completa. Habilidades essenciais para se destacar Assim como outras profissões, na medicina veterinária existem um conjunto de habilidades técnicas e comportamentais necessárias para se destacarem. Para Níbio, uma das principais é a humildade profissional. “Saber dizer ‘não sei’ é essencial. A imprudência e negligência quanto a vida de um paciente é algo que impacta diretamente aquele paciente e indiretamente uma estrutura familiar”, afirma. Com o crescimento da área, a tecnologia e inovação dentro da veterinária também crescem na mesma intensidade, se tornando um pilar para os profissionais. Segundo Níbio Araújo, a facilidade e receptividade da tecnologia é uma grande ferramenta para o futuro profissional possuir. Além disso, capacidades como a tomada de decisões com segurança e responsabilidade, comunicação clara com tutores e equipes, ter ética e consciência, e o constante estudo dentro da área são indispensáveis para o aluno que deseja se tornar um profissional de sucesso. Está preparado para tomar o próximo passo rumo à trajetória profissional? Estude na Unifor, a única universidade particular do Ceará segundo diversos rankings acadêmicos nacionais e internacionais. Acesse www.unifor.br para conhecer os cursos de graduação disponíveis e as formas de ingresso para 2026.1.

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